quarta-feira, 13 de março de 2019

PR2 - Cabreia e Minas do Braçal.

Hoje o tema é um pouco diferente, mas não deixa de ser sobre viagens.
Viagens essas muitas vezes não valorizadas internamente, onde podemos muitas vezes conhecer novos locais, histórias e curiosidades que nem se pensavam existir por terras lusas.

No passado sábado, foi a vez de voltar a fazer este percurso.

Tendo já 10 anos de existência, nota-se de forma clara que necessita de uma intervenção urgente no que a marcações diz respeito. Infelizmente é cada vez mais comum os PR homologados ou não ficarem literalmente ao abandono, mas atenção aos chamados homologados, alguns, como deve ser o caso já não constam como tal por esse motivo.

Politicas à parte, vamos ao que interessa.

Decidimos fazer o percurso à nossa maneira e como habitualmente caso seja possivel, estacionamos no centro de Silva Escura (Sever do Vouga) e aproveitamos para um cafezinho e uns bons dias locais no Café do Nicho.

Daqui seguimos então, para o inicio do percurso que neste caso tem 3 opções, sendo o 2.3 o mais longo, pelo qual optamos. Sendo circular pode ser feito nos dois sentidos, mas tendo em conta as características do percurso optamos pelo sentido anti horário onde por entre campos, eucaliptos e mimosas alcançamos primeiramente as ruínas das minas da Malhada onde era explorado chumbo argentífero.



O percurso que se desenvolve na sua maioria ao longo rio mau, atravessa bosques de carvalhos e austrálias alcançando mais à frente os  vestígios das Minas do Braçal que pela sua dimensão demonstram claramente a importância que tiveram na região.

Atravessando o complexo tivemos oportunidade de contemplar os antigos jardins, outrora bem cuidados com ainda existentes camélias e pequenos lagos.


Sempre com vestígios de minas ao longo percurso, chegamos a um ponto que exige mais atenção porque a existência de um abatimento de terras colocou à vista uma parte do complexo de túneis com irrigação de águas utilizadas na exploração.

🚧 Recomendamos que ao fazer este percurso, tenha especial cuidado a esta zona!!! 🚧


Daqui seguimos caminho e mais à frente fizemos um pequeno desvio para visitar as ruínas na fundição. Que apesar de estar em elevado estado de degradação, mantém a sua chaminé intacta.

Regressando ao caminho seguimos por eucaliptal sem qualquer interesse, apenas alguns declives no percurso para "distrair" das vistas.

Passamos por povoações onde tivemos oportunidade de observar alguns trabalhos de campo e apanhar algumas laranjas bem sumarentas.

Sempre com marcações bastante fracas, lá fomos seguindo caminho com recurso ao track previamente carregado no Garmin, para nossa sorte.


Daqui até encontrarmos os primeiros sinais do rio foi um instante, onde por entre funchos, loureiros, gilbardeiras e carvalhos, encontramos a famosa cascata da cabreia que já serviu de cenário a muitas histórias e produções de televisão. Daqui se percebe facilmente o porquê!

Após uns momentos a usufruir daquela obra da natureza, foi tempo de recuperar energias e comer numa das inúmeras mesas do parque de merendas.




Fotos vistas e partilhadas, conversa em dia e energias repostas, viria uma parte menos simpática de regresso ao carro por estrada quase sempre a subir.
...não há percursos perfeitos, digo eu!..."

No final, cafézinho e siga de volta para casa.

Recomendo a realização deste percurso no verão tendo em conta a quantidade de sombra existente. Caso precise aqui tem o track gravado por nós.

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