sexta-feira, 1 de março de 2019

Paris em 3 dias (parte 2)

Durante o jantar do dia anterior decidimos que este dia seria dedicado a ver e fazer tudo o que fosse gratuito já que o nosso pass para os museus era de dois dias e tínhamos planeado ir a Versailles na sexta, olhamos para o nosso mapa do google mais o mapa em papel que tínhamos para ver melhor todo o percurso a fazer et voilá, traçamos o nosso objectivo.


A manhã começou da melhor forma com um petit déjeuner tradicional em que o belo do croissant foi a figura principal, 😆😆😆, lá se vai o plano alimentar! As minhas desculpas Sílvia, mas há situações difíceis de controlar.



Decidimos então começar pela zona de Montmartre, daí que saímos pela estação de Lamarck - Caulaincourt. Daqui percorremos as ruas estreitas e carregadas de simbologia histórica e boémia da cidade, com passagem por Cabarets icónicos que foram frequentados outrora por nomes conhecidos por todos. Estranho mas a verdade é que nesta zona se sente uma energia diferente 🍷, diria eu inspiradora. Vincent, começo a perceber-te!!!



DICA: Foi aqui que decidimos comprar os souvenirs, porquê? | Com um pouco de atenção vai perceber. 


Aproximavamo-nos da tão famosa Sacre-Coeur, tendo em conta o número de pessoas que começamos a ver, já que até ali andamos quase sozinhos. As cores de um dia solarengo faziam realçar a sua cor branca no azul do céu e reparamos também que passaram para esta zona a colocação dos aloquetes. Pelo menos aqui não há risco de cair.


Também aqui tivemos abordagens para nos "revistar" as carteiras, e não me refiro, claro, às revistas que efectivamente se fazem para se entrar na Basílica.

Seguimos então para a famosa praça dos pintores. Acreditam que estava totalmente em obras e ao inicio nem percebemos que era ali? 😖 Aliás já tínhamos passado por ela na ida e de tão transformada nem percebemos.

Daqui seguimos caminho pelas escadas estreitas e ingremes, muito calmas, algumas delas calmas demais, propicias a abordagens de 3º grau. Felizmente fomos astutos e conseguimos evitar quem nos seguia. Pena é que nos fez abortar a ida ao memorial do Jim Morrison e Marilyn Monroe.


Seguimos então directos para um local que faz todo o sentido na nossa viagem já que Paris é a cidade do amor e fomos na semana do dia dos namorados "Wall of love", onde identificamos o "Eu amo-te" 💖.

Seguindo caminho e sempre em busca dos objectivos do dia, avançamos para o Café des Deux Moulins, que referencia ao filme "O fabuloso destino de Amélie" onde foram feitas algumas filmagens. Não podíamos deixar passar este momento sem tomar um café para sentir o espaço.

Pelo caminho encontramos imensos ramos e até pequenas arvores da vulgarmente conhecido por  Mimosa, que é uma planta invasiva, mas que pelos vistos lá gostam muito e até existe produção de estufa. Por mim podem vir a Portugal e levar todas, que pelo preço que pedem por elas acredito que os cofres do estado melhoravam 😀 e a nossa biodiversidade agradecia.

Sempre na nossa rota foi tempo de contemplar o famosíssimo Moulin Rouge, mas era de dia e o tempo curto para considerar assistir a um espectáculo.

Continuando caminho ainda passamos na Grande Sinagoga de Paris (não me perguntem porquê, mas tenho uma espécie de íman que me atrai a este tipo de espaço) e porque toda a gente fala de locais fantásticos para se ver as vistas, a nossa escolha foi para o terraço das Galerias La Fayette, de onde conseguimos ter uma panorâmica fantástica sobre a cidade. A cereja deste ponto é que é gratuito e podemos ter uma perspectiva diferente da famosa Ópera Nacional de Paris, posteriormente visitada assim que regressamos ao piso 0.


Os locais sempre a surgir as pernas a começar a apertar … e ainda falta tanto!...

Siga, que o caminho faz-se caminhando…💪

A caminho da Praça da Concórdia, passamos ainda na Praça da Vandoma.

A Praça da Concórdia, tem vários itens de interesse histórico e que vale bem a pena a visita. Daqui iniciamos a travessia do Jardim das Tolherias com uma vasta quantidade de esculturas em mármore e lagos que criam espaços altamente recomendados para uma pausa e repor energias. Felizmente o sol convidava a um bom descanso.


Lá fomos sempre pelo jardim, sem escapar a passagem no mini Arco do Triunfo até à famosa pirâmide. Aqui estivemos um pouco a contemplar o edifício que no dia seguinte iriamos visitar por dentro.



O dia pouco passava de meio, as pernas acusavam cansaço e ainda havia locais para visitar.

Acima falei dos célebres aloquetes que tinham mudado de local, mas afinal antes estavam onde? Sim, estavam na Ponte dos Poetas, que rapidamente alcançamos pela estrada bem junto ao rio onde tivemos oportunidade de contemplar o Rio Sena, onde circulavam algumas embarcações carregadas de turistas.

Pelo caminho tivemos também oportunidade de ver alguns artista locais com as suas gravuras e pinturas sobre Paris, assim como alguns livreiros a vender livros que orgulhosamente transmitiam antiguidade, mas de uma forma muito especial para mim. Pareciam livros falantes que pela sua cor e papel gasto, carregavam histórias sobre a vida dos seus antigos donos, pareciam versos de prosa sobre os momentos que já tinham vivido, as mãos que já os tinham carregado, cheios de importância, outros por seu lado pareciam os resistentes que tentavam a todo o custo demonstrar que também tinham o seu valor, "💭...ora então lá porque estive a segurar um móvel durante anos, não tenho interesse?..."
Já na ponte vimos imensos casais apaixonados, nós incluídos, que procuravam o melhor ângulo para aquela foto. No nosso caso sem correr riscos, claro. 😎

Foi tempo de seguir para o Palácio e Jardins do Luxemburgo, para acabar o que restava das nossas pernas. Sim estavam mesmo a pedir descanso e a ideia de regressar a casa estava cada vez mais evidente. Nos jardins, mais namorados o que não é admirar tendo em conta o convite que o espaço faz. Um jardim maravilhoso guardado por um majestoso palácio.

Hora de ir embora descansar, não sem antes passar naquele que foi o último spot marcado no nosso mapa. A Poem on the Wall, trata-se de um poema em francês que cobre um muro de uma vulgar rua da cidade, bem vulgar à primeira vista. Em primeiro para o ler é preciso começar na parte mais à direita e depois,... depois vão lá e apreciem!


Como se não bastasse, ainda fomos a pé até à Praça da Concórdia apanhar o metro de volta a casa, tendo ficado por visitar alguns dos pontos previstos, mas que esperávamos conseguir de passagem no dia seguinte….UFA, foi jantar, planear o dia seguinte (mais uma maratona) e deitar….!

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