terça-feira, 19 de março de 2019

Pelas margens do Tejo

Este fim de semana foi tempo de fazer uma viagem de trabalho até à BTL-Fil, e para aproveitar uma visita à família que vive lá em baixo. Por isso este post, não será tão rico quanto gostaria, mas....

Saímos da Muy Nobre, Leal e Invicta cidade do Porto, ao fim da tarde de quinta-feira, o que se reflectiu em menos trânsito e uma viagem descansada até Cascais, localidade onde ficamos hospedados.

Sexta-feira foi dedicada à visita à feira, para troca de contactos com potenciais parceiros para a My Greenway Tours, mas a melhor parte foram as ideias para novos destinos.

Apesar da distância à Fil, não foi de todo má escolha já que graças à App Google Maps e à sua monitorização em tempo real do trânsito nos colocou lá em apenas 40m.

Ao fim do dia, já cansados, foi tempo de nos dirigirmos para a margem sul, e mudança de alojamento.

O jantar foi em comemoração de um aniversário bem ao espírito "tuga" com uma bela churrascada. Que bem se estava ao luar com uma bela conversa e o copo sempre a acompanhar.



No Sábado, preparamos tudo para experimentarmos um famoso "comes" do nosso mapa, a Taberna dos Cabrões.



Espaço decorado a rigor com o seu nome e o dono sempre com boa disposição a acompanhar os clientes. A papinha estava ao nível do espaço, não fosse a casa cheia e a fila de espera, que nos confirmou a mais valia da pré-reserva feita com 3 dias de antecedência.



Daqui para ficar a conhecer mais uns recantos e quem sabe descobrir mais uma pérolas, fomos até ao Samouco e de seguida ao Seixal, seguido de um jantar e um soninho reconfortante para o dia seguinte.



No Domingo, dia do regresso, ainda apanhamos uma boleia via Blá-blá car, no entanto o regresso ficou marcado por má disposição da nossa viatura que regressou de reboque....coisas de máquinas!

quarta-feira, 13 de março de 2019

PR2 - Cabreia e Minas do Braçal.

Hoje o tema é um pouco diferente, mas não deixa de ser sobre viagens.
Viagens essas muitas vezes não valorizadas internamente, onde podemos muitas vezes conhecer novos locais, histórias e curiosidades que nem se pensavam existir por terras lusas.

No passado sábado, foi a vez de voltar a fazer este percurso.

Tendo já 10 anos de existência, nota-se de forma clara que necessita de uma intervenção urgente no que a marcações diz respeito. Infelizmente é cada vez mais comum os PR homologados ou não ficarem literalmente ao abandono, mas atenção aos chamados homologados, alguns, como deve ser o caso já não constam como tal por esse motivo.

Politicas à parte, vamos ao que interessa.

Decidimos fazer o percurso à nossa maneira e como habitualmente caso seja possivel, estacionamos no centro de Silva Escura (Sever do Vouga) e aproveitamos para um cafezinho e uns bons dias locais no Café do Nicho.

Daqui seguimos então, para o inicio do percurso que neste caso tem 3 opções, sendo o 2.3 o mais longo, pelo qual optamos. Sendo circular pode ser feito nos dois sentidos, mas tendo em conta as características do percurso optamos pelo sentido anti horário onde por entre campos, eucaliptos e mimosas alcançamos primeiramente as ruínas das minas da Malhada onde era explorado chumbo argentífero.



O percurso que se desenvolve na sua maioria ao longo rio mau, atravessa bosques de carvalhos e austrálias alcançando mais à frente os  vestígios das Minas do Braçal que pela sua dimensão demonstram claramente a importância que tiveram na região.

Atravessando o complexo tivemos oportunidade de contemplar os antigos jardins, outrora bem cuidados com ainda existentes camélias e pequenos lagos.


Sempre com vestígios de minas ao longo percurso, chegamos a um ponto que exige mais atenção porque a existência de um abatimento de terras colocou à vista uma parte do complexo de túneis com irrigação de águas utilizadas na exploração.

🚧 Recomendamos que ao fazer este percurso, tenha especial cuidado a esta zona!!! 🚧


Daqui seguimos caminho e mais à frente fizemos um pequeno desvio para visitar as ruínas na fundição. Que apesar de estar em elevado estado de degradação, mantém a sua chaminé intacta.

Regressando ao caminho seguimos por eucaliptal sem qualquer interesse, apenas alguns declives no percurso para "distrair" das vistas.

Passamos por povoações onde tivemos oportunidade de observar alguns trabalhos de campo e apanhar algumas laranjas bem sumarentas.

Sempre com marcações bastante fracas, lá fomos seguindo caminho com recurso ao track previamente carregado no Garmin, para nossa sorte.


Daqui até encontrarmos os primeiros sinais do rio foi um instante, onde por entre funchos, loureiros, gilbardeiras e carvalhos, encontramos a famosa cascata da cabreia que já serviu de cenário a muitas histórias e produções de televisão. Daqui se percebe facilmente o porquê!

Após uns momentos a usufruir daquela obra da natureza, foi tempo de recuperar energias e comer numa das inúmeras mesas do parque de merendas.




Fotos vistas e partilhadas, conversa em dia e energias repostas, viria uma parte menos simpática de regresso ao carro por estrada quase sempre a subir.
...não há percursos perfeitos, digo eu!..."

No final, cafézinho e siga de volta para casa.

Recomendo a realização deste percurso no verão tendo em conta a quantidade de sombra existente. Caso precise aqui tem o track gravado por nós.

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sexta-feira, 1 de março de 2019

Paris em 3 dias (parte 2)

Durante o jantar do dia anterior decidimos que este dia seria dedicado a ver e fazer tudo o que fosse gratuito já que o nosso pass para os museus era de dois dias e tínhamos planeado ir a Versailles na sexta, olhamos para o nosso mapa do google mais o mapa em papel que tínhamos para ver melhor todo o percurso a fazer et voilá, traçamos o nosso objectivo.


A manhã começou da melhor forma com um petit déjeuner tradicional em que o belo do croissant foi a figura principal, 😆😆😆, lá se vai o plano alimentar! As minhas desculpas Sílvia, mas há situações difíceis de controlar.



Decidimos então começar pela zona de Montmartre, daí que saímos pela estação de Lamarck - Caulaincourt. Daqui percorremos as ruas estreitas e carregadas de simbologia histórica e boémia da cidade, com passagem por Cabarets icónicos que foram frequentados outrora por nomes conhecidos por todos. Estranho mas a verdade é que nesta zona se sente uma energia diferente 🍷, diria eu inspiradora. Vincent, começo a perceber-te!!!



DICA: Foi aqui que decidimos comprar os souvenirs, porquê? | Com um pouco de atenção vai perceber. 


Aproximavamo-nos da tão famosa Sacre-Coeur, tendo em conta o número de pessoas que começamos a ver, já que até ali andamos quase sozinhos. As cores de um dia solarengo faziam realçar a sua cor branca no azul do céu e reparamos também que passaram para esta zona a colocação dos aloquetes. Pelo menos aqui não há risco de cair.


Também aqui tivemos abordagens para nos "revistar" as carteiras, e não me refiro, claro, às revistas que efectivamente se fazem para se entrar na Basílica.

Seguimos então para a famosa praça dos pintores. Acreditam que estava totalmente em obras e ao inicio nem percebemos que era ali? 😖 Aliás já tínhamos passado por ela na ida e de tão transformada nem percebemos.

Daqui seguimos caminho pelas escadas estreitas e ingremes, muito calmas, algumas delas calmas demais, propicias a abordagens de 3º grau. Felizmente fomos astutos e conseguimos evitar quem nos seguia. Pena é que nos fez abortar a ida ao memorial do Jim Morrison e Marilyn Monroe.


Seguimos então directos para um local que faz todo o sentido na nossa viagem já que Paris é a cidade do amor e fomos na semana do dia dos namorados "Wall of love", onde identificamos o "Eu amo-te" 💖.

Seguindo caminho e sempre em busca dos objectivos do dia, avançamos para o Café des Deux Moulins, que referencia ao filme "O fabuloso destino de Amélie" onde foram feitas algumas filmagens. Não podíamos deixar passar este momento sem tomar um café para sentir o espaço.

Pelo caminho encontramos imensos ramos e até pequenas arvores da vulgarmente conhecido por  Mimosa, que é uma planta invasiva, mas que pelos vistos lá gostam muito e até existe produção de estufa. Por mim podem vir a Portugal e levar todas, que pelo preço que pedem por elas acredito que os cofres do estado melhoravam 😀 e a nossa biodiversidade agradecia.

Sempre na nossa rota foi tempo de contemplar o famosíssimo Moulin Rouge, mas era de dia e o tempo curto para considerar assistir a um espectáculo.

Continuando caminho ainda passamos na Grande Sinagoga de Paris (não me perguntem porquê, mas tenho uma espécie de íman que me atrai a este tipo de espaço) e porque toda a gente fala de locais fantásticos para se ver as vistas, a nossa escolha foi para o terraço das Galerias La Fayette, de onde conseguimos ter uma panorâmica fantástica sobre a cidade. A cereja deste ponto é que é gratuito e podemos ter uma perspectiva diferente da famosa Ópera Nacional de Paris, posteriormente visitada assim que regressamos ao piso 0.


Os locais sempre a surgir as pernas a começar a apertar … e ainda falta tanto!...

Siga, que o caminho faz-se caminhando…💪

A caminho da Praça da Concórdia, passamos ainda na Praça da Vandoma.

A Praça da Concórdia, tem vários itens de interesse histórico e que vale bem a pena a visita. Daqui iniciamos a travessia do Jardim das Tolherias com uma vasta quantidade de esculturas em mármore e lagos que criam espaços altamente recomendados para uma pausa e repor energias. Felizmente o sol convidava a um bom descanso.


Lá fomos sempre pelo jardim, sem escapar a passagem no mini Arco do Triunfo até à famosa pirâmide. Aqui estivemos um pouco a contemplar o edifício que no dia seguinte iriamos visitar por dentro.



O dia pouco passava de meio, as pernas acusavam cansaço e ainda havia locais para visitar.

Acima falei dos célebres aloquetes que tinham mudado de local, mas afinal antes estavam onde? Sim, estavam na Ponte dos Poetas, que rapidamente alcançamos pela estrada bem junto ao rio onde tivemos oportunidade de contemplar o Rio Sena, onde circulavam algumas embarcações carregadas de turistas.

Pelo caminho tivemos também oportunidade de ver alguns artista locais com as suas gravuras e pinturas sobre Paris, assim como alguns livreiros a vender livros que orgulhosamente transmitiam antiguidade, mas de uma forma muito especial para mim. Pareciam livros falantes que pela sua cor e papel gasto, carregavam histórias sobre a vida dos seus antigos donos, pareciam versos de prosa sobre os momentos que já tinham vivido, as mãos que já os tinham carregado, cheios de importância, outros por seu lado pareciam os resistentes que tentavam a todo o custo demonstrar que também tinham o seu valor, "💭...ora então lá porque estive a segurar um móvel durante anos, não tenho interesse?..."
Já na ponte vimos imensos casais apaixonados, nós incluídos, que procuravam o melhor ângulo para aquela foto. No nosso caso sem correr riscos, claro. 😎

Foi tempo de seguir para o Palácio e Jardins do Luxemburgo, para acabar o que restava das nossas pernas. Sim estavam mesmo a pedir descanso e a ideia de regressar a casa estava cada vez mais evidente. Nos jardins, mais namorados o que não é admirar tendo em conta o convite que o espaço faz. Um jardim maravilhoso guardado por um majestoso palácio.

Hora de ir embora descansar, não sem antes passar naquele que foi o último spot marcado no nosso mapa. A Poem on the Wall, trata-se de um poema em francês que cobre um muro de uma vulgar rua da cidade, bem vulgar à primeira vista. Em primeiro para o ler é preciso começar na parte mais à direita e depois,... depois vão lá e apreciem!


Como se não bastasse, ainda fomos a pé até à Praça da Concórdia apanhar o metro de volta a casa, tendo ficado por visitar alguns dos pontos previstos, mas que esperávamos conseguir de passagem no dia seguinte….UFA, foi jantar, planear o dia seguinte (mais uma maratona) e deitar….!